13 RAZÕES PARA NÃO CRITICAR 13 REASONS WHY

Destacado

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*Pode conter spoilers.

Assisti à série hypada produzida pela Selena Gomez, que, por coincidência, nasceu no mesmo dia que eu. E, por coincidência, ou coisa dos astros mesmo, amei que nem ela. Me deleitei com cada personagem. Entendi a psiqué e a profundidade de todos. Comentei com pais e amigos. Compartilhamos comentários.

Começaram a me mandar críticas e mais críticas de diversos sites. “Não sei quantos mil motivos para não assistir a série pra cá”. “Foram muito irresponsáveis pra lá”.

De fato, a série romantiza o suicídio. A protagonista é linda e deixa um rapaz muito fofo atordoadíssimo com a morte dela. Só isso seria o bastante para Romeu e Julieta revirarem a cova.

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Como não fosse o bastante, a história tem ares de vingança, sim. Hannah faz questão de imputar o máximo de culpa a cada um dos seus algozes, violentando-os psicologicamente. Exatamente como cada um deles a fez sentir em vida. Tudo à custa de sua própria morte. Pesado.

Ah. Por não conhecer ou  por não dar bola mesmo para a máxima: “não importa o que fizeram de mim. Importa o que eu fiz com aquilo que fizeram de mim” –  para o desgosto de Sartre – a adolescente de 17 anos vai fundo no papel de vítima e comete o ato trágico de acabar com a própria vida. Tudo isso sem encarar seus próprios monstros, frustrações ou assumir a parcela de culpa que lhe cabia na sucessão de fatos amargos que desencadearam o traumático ensino médio.

Tudo Verdade.

Ainda assim, há pelo menos 13 motivos pelos quais eu acho que 13 Reasons Why merece todos os créditos:

1 – OBRAS ARTÍSTICAS E DRAMÁTICAS SÃO DE LIVRE EXPRESSÃO DO AUTOR

Que o suicídio não é uma coisa legal é o óbvio ululante, né, gente. Mas por favor, não fique achando que você é o único espertalhão-com-senso-crítico. Tampouco deseje a volta da censura para as obras dramáticas. Não há nada mais retrógrado. Além do que: é arrogante achar que todos os telespectadores, leitores e afins são massa de manobra. Só você não. Digo mais: há adolescentes, hoje, mais espertos e argumentativos que nós.

2 – A OBRA É REALISTA E TEM UMA ENORME FORÇA DE DEBATE

A verossimilhança dos comportamentos é garantida pelo fato dos roteiros e gravações terem sido acompanhados por profissionais da saúde, como psicólogos. A personalidade polêmica dos personagens nos leva à reflexão e ao debate, o que, incontestavelmente, contribui para a formação mais completa, consciente e humana de qualquer cidadão. Não subestima a sua inteligência nem oculta de você qualquer faceta da realidade.

3 – VOCÊ PODE SE IDENTIFICAR MESMO NÃO SENDO ADOLESCENTE

Ainda que você se julgue muito maduro, há inúmeros motivos para ter uma baita catarse com a série. Afinal, a adolescência só é a parte da vida em que os acontecimentos e sensações ficam superlativos. E, se todo mundo tem uma criança interior, com certeza o adolescente está latente aí também. Além disso, Bullying, Assédio e Misoginia – temas da série – acontecem em qualquer ambiente coletivo. Só não enxerga quem não tem coragem.

4 – A SÉRIE NÃO FALA DE IMPUTAÇÃO DE CULPA, FALA DE RESPONSABILIDADE

Se trocarmos a palavra culpa por responsabilidade, a coisa ganha timbres mais razoáveis. Explico. Culpa é uma palavra com carga religiosa. Lembra castigo. E falar disso hoje em dia soa demodé. Mas a verdade é que culpa está relacionada à ideia de responsabilidade, que é mais aceita na sociedade, até juridicamente. Nesse viés, a série procura dar enfoque à responsabilidade que nós, seres sociais que somos, temos, ou deveríamos ter, em relação aos outros.

5 – HANNAH BAKER NÃO É A ÚNICA VÍTIMA

Ela protagoniza o papel de vítima, mas a série deixa claro que algozes também vivem seus próprios infernos e tentam lidar com suas próprias fraquezas. Ainda que de um jeito covarde. Talvez porque não saibam fazê-lo de outra forma. Recusam o posto de vítima. Por isso agridem. Insensivelmente. Sem dó, nem piedade. Dá pra se identificar com vários personagens. A série procurou destrinchar os personagens na medida do possível e dar uma visão global do entorno. Bem interessante.

6 – CADA UM SABE A DOR (E, ÀS VEZES, A DELÍCIA) DE SER O QUE É

Muitos artigos que li questionaram a futilidade das razões de Hannah. Sim, é um contexto adolescente. Mas que trata de abandono. Traição. Incompreensão. Assédio. Bullying. Em relação à profundidade dos sentimentos da personagem, cabe mesmo a nós dimensionar a dor alheia? O que é doído para B pode não ser para C. Precisamos nos lembrar que o agressor raramente lembra da agressão. O pé pisado é que fica latejando. E você nunca sabe se ele já tava inflamado. Chamá-la de problemática, sim, é fútil. Agredir é fútil. Afinal, problemas: quem não os tem?

7 – O CONCEITO DE AMOR AO PRÓXIMO É ANTIGO, MAS PARECE QUE AINDA NÃO FOI TESTADO

A série atenta para o caos do egoísmo e da individualidade extrema que estamos sendo levados a viver. Os algozes de Hannah agiam como todos nós temos aprendido a agir: “quando você se torna mais popular que um amigo, deixe ele pra trás. Quando a sua paixão por alguém ameaça te expor, joque a culpa nela” (The Ringer). Tenho ouvido muito por aí também coisas do tipo: “se a presença de alguém não te faz bem por qualquer motivo use a desculpa de que a “energia” dela não combina com a sua. Não tenha receio de pensar só em você e isole-a, sem dó”. Pensamentos ególatras, sem qualquer senso de compaixão. Estamos subvertendo a cada dia qualquer senso de amor ao próximo. A série, por sua vez, só me encheu de vontade de amar ainda mais.

8 – A NARRATIVA DAS FITAS DE HANNAH BAKER É TOCANTE

A personagem principal tem claramente vocação jornalística ou literária na série. Isso é comentado em um dos episódios como opção de carreira para ela. Sob essa justificativa, cada palavra de suas fitas é um verdadeiro deleite. Construções bem feitas. Raciocínios brilhantes. Quase um poema. Sensível e peculiar. Frases que dão vontade de anotar no caderninho e escrever na parede. Uma aula para quem ama redação.

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9 – A NÃO LINEARIDADE DO ROTEIRO É INSPIRADORA E CRIATIVA

A escolha por contar a história no melhor estilo flash back dá uma dinâmica interessante aos episódios. As lembranças de Hannah vão aos poucos se misturando às lembranças do amigo Clay, em pontos de vistas distintos, mas igualmente profundos e cheios de emoção. Tudo feito com muito esmero.

10 – A SÉRIE TE DÁ MUITA ESPERANÇA

A índole e o coração do personagem Clay vão fazer você recobrar a esperança na humanidade. Ainda que você o ache fechado, omisso e meio frouxo. Além do mais, trilha sonora vai fazer com que você tenha vontade viver! E voltar a viver romances adolescentes cheios de delicadeza e emoção ❤

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11 – SE VOCÊ JÁ SOFREU COMO HANNAH, SE SENTIRÁ COMPREENDIDO

Se você já sofreu bullying, assédio ou coisa pior, você não vai mais se sentir só. Bilhões de pessoas têm a mesma matriz, a mesma sensibilidade e o coração da Hannah. Amaram a série e te entendem. Uma delas sou eu. A outra é a Selena Gomez.

12 – SE VOCÊ JÁ AGREDIU ALGUÉM POR MOTIVOS FÚTEIS, TALVEZ SUA MENTE SE ILUMINE E VOCÊ TAMBÉM NÃO SE SINTA SÓ PARA ADMITIR ISSO

Se você já praticou bullying, assédio ou estupro talvez você entenda que descontar as suas frustrações nos outros pode ter consequências catastróficas (desculpem colocar todos os atos na mesma linha. Mas é preciso deixar claro que todas essas são formas covardes de agressão). Se você só consegue se divertir ou ter prazer assim, é provável que, tanto quanto Hannah Baker, você precise de ajuda. Uma dica simples para o bullying é: você, constantemente, faz piadas com alguém em que esse alguém não se diverte? Alguma coisa tá errada 😉 Piada legal mesmo é piada que faz todo mundo rir. 

13 – SE VOCÊ ESTIVER NUMA POSIÇÃO DE AUTORIDADE E PUDER FAZER ALGO PARA MELHORAR AS RELAÇÕES ENTRE AS PESSOAS, TALVEZ VOCÊ SE SINTA INCLINADO A FAZÊ-LO.

Se você é pai, mãe ou diretor de escola, essa série vai te fazer prestar mais atenção na psiqué de quem está sob a sua responsabilidade ou direção. Se você tiver sangue e humanidade correndo nas veias, vai te impulsionar a transformá-los em seres humanos mais fortes, mais respeitosos, mais seguros de si, mais saudáveis, menos covardes. Mais felizes.

Não deixe de assistir aos comentários finais depois do último capítulo. E, sobretudo, divirta-se com a série! A arte mais salva do que mata!

Informação útil para quem ainda não estiver convencido: os produtores da série fizeram uma parceria com o CVV (Centro de Valorização da Vida). O serviço voluntário e gratuito de apoio emocional e prevenção ao suicídio recebeu o dobro de ligações desde que a primeira temporada da série 13 Reasons Why foi lançada na Netflix. Além da parceria com a organização, a série também impulsionou uma campanha contra o bullying e o assédio nas redes sociais com a hashtag #NãoSejaUMPorque.

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O CVV atende 24 horas por dia pelo telefone 141, por e-mail, Skype e chat no site do serviço.  

A CIDADE EM QUE CHOVE TODO DIA: BELÉM, PARÁ, BRASIL. E MUITA COMIDA.

Destacado

Gente, como toda dieta, a minha tem suas escapulidas. Rs. Então vamos sair da dieta um pouquinho porque eu sinto que vocês gostam mesmo é de gordices! #safados

Eu nasci no Rio, mas minha família toda é do Pará e eu tenho “mil” tios, tias e primos. Assim sendo, sempre tenho uma festa 15 anos, casamento ou formatura como pretexto pra visitar esse Estado que eu amo! Ótimas lembranças adolescentes de lá.

Nas férias, sempre íamos pra Salinas, que é a “Búzios” de lá, onde ocorre todo o burburinho e pra onde a cidade de Belém inteira migra nas épocas de recesso, principalmente em julho, que é quando faz calor por lá! (É quase no hemisfério norte! Acho muito curiosa essa inversão de climas dentro do Brasil).

Mas, na maioria das vezes, vou só pra esses eventos de família e fico estacionada em Belém mesmo. Que, pra mim, já tem sua mágica. Imagina uma cidade em que cai uma chuva gostosa, quente e gorda, todo dia lá pelas 17 hs? Acho muito gostosa e reconfortante essa hora. Os programas informais lá não têm hora. Ficam sempre pra depois da chuva.

Coisa de clima equatorial, que garante muitas sombras e árvores verde escuras e frondosas pra amenizar o calor.

Bom, apresentados à região, vamos falar da comida, que é o que interessa no post de hoje. E o que tem de melhor lá. E no Brasil inteiro. Sem medo de parecer pretensiosa ou querer puxar sardinha para os meus amados, animados, calorosos e festejantes primos, tios e avós. Haha. Já puxei, claro.

Então, é tanta comida lá, que nem sei por onde começar, mas acho que vou iniciar pelos nomes esquisitos que citei no instagram agora nesta última viagem que fiz pra formatura da minha prima linda Geórgia (obs.: gente, as formaturas lá são um show à parte! Todas as formandas de vermelho, com coreografia etc. Muito legal! Amei! O povo é de fato muito animado e festeiro! E há nichos da sociedade paraense que não têm nada de brega, ao contrário do estereótipo popular.)

Bom, vou começar explicando o que comi dessa vez nos 2 restaurantes que eu fui lá do Chef local Thiago Castanho: O Remanso do Bosque e o Remanso do Peixe.

No Remanso do Bosque:

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Então a primeira foto era um bolinho de peixe (não me lembro qual agora, mas provavelmente de Rio. A região norte é toda banhada de Rio e os peixes de lá são incríveis, geralmente carnudos e sem espinha!) – esse molhinho provavelmente era de Tucupi e Jambú (ÊEE Chute! Rs) – mas é que muita coisa lá leva esses 2 ingredientes sensacionais e eu precisava de uma desculpa pra falar deles aqui! Rs:

Jambú (não tem esse acento no u, gente, mas estou escrevendo assim pra vcs saberem como fala!)- É uma planta verde escura, conhecida por adormecer levemente os lábios. Mas usada em poucas quantidades eu acho esse efeito quase imperceptível! Amo o gosto da folha mesmo! E vai bem em vários pratos e molhos! Ela é anestésica, diurética, digestiva, sialagoga, antiasmática e antiescorbútica. Os seus capítulos possuem propriedades odontálgicas e antiescorbúticas.

Tucupi – “é o sumo amarelo extraído da raiz da mandioca brava1 quando descascada, ralada e espremida (tradicionalmente usando-se um tipiti). Depois de extraído, o caldo “descansa” para que o amido (goma) se separe do líquido (tucupi). Inicialmente venenoso devido à presença do ácido cianídrico, o líquido é cozido (processo que elimina o veneno) e fermentado de 3 a 5 dias para, então, ser usado como molho na culinária.2 O amido, também chamado polvilho é separado do líquido e lavado e decantado em diversas águas. Após ser seco, é esquentado no forno, formando grânulos, a chamada tapioca.3

Pois é, muita coisa de lá vem da própria mandioca! Incrível né?

E falando na tapioca, esses dadinhos do lado direito eram de farinha de tapioca! O povo come lá isso com açaí! E quando hidratada, a tapioca vira tipo um sagú! Bem molinho! É por isso que dá pra fazer, sorvete, pudim, bolo etc. O bolo de tapioca, depois de pronto fica parecendo que levou gelatina, tem uma textura fofinha incrível!! Uma delícia!!

Mas o show do restaurante pra mim é esse filhote da foto de baixo. Parece pequeno na foto! Mas dividi com a minha irmã e a minha prima e saímos satisfeitas! O acompanhamento era aipim e esse feijãozinho branco. Mas pedimos uma farofa pra acompanhar, claro. Porque Pará sem farofa não dá! Peixe com farofa é o que tem de mais típico lá!!

Filhote – É um peixe gente!!! E não necessariamente é um “filhote” propriamente dito! Rs. Na verdade ele é enooorme!!! O outro nome dele é Piraíba. É um peixe de couro, escuro, cabeça grande e olhos pequenos. Pode pesar até 300kg e medir cerca de 2 metros. O dorso pode chegar a mais de 30cm. Os peixes pesando até 60kg são conhecidos como filhote.

A sobremesa era chocolate com cupuaçu!

Cupuaçu – É uma fruta azedinha e doce ao mesmo tempo! Delícia!!! Tem sorvete de Cupuaçu; Torta de Cupuaçu (amo!); Cupuaçu com queijo; Cupuaçu de todo jeito!

No Remanso do Peixe:

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No Remanso do peixe foi vez da Pescada Amarela!! Outro peixe que eu AMO de lá! Acho que é o meu preferido!!

Pescada Amarela – É um peixe enooorme e carnudo tbm! Uma vez vi inteiro no mercado regional do Ver-o-Peso e fiquei chocada!

O pudim da foto ao lado era o famoso pudim de tapioca com calda de cumaru.

Cumaru – esse eu nunca tinha provado. Acho que é menos usual lá. Ou usam pouco na minha família. Rs. Pelo que eu entendi, é uma árvore frutífera, da qual se usam o fruto e as sementes.

Outras gordices que comi nessa viagem:

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Sorvete de Tapioca + Sorvete de Açaí.

Não adianta gente, nem a Bacio di Latte faz um sorvete de tapioca igual. Eu nem peço mais sorvete de tapioca nessas sorveterias do sudeste porque é frustração na certa. E olha que eu já tentei muito! Rs. É algo que pra conhecer mesmo vc tem viajar pra lá, ou pedir pra alguém trazer! OOOOu vir na minha casa comer, porque a gente sempre traz o legítimo!! hahaha Mas é verdade todo mundo que vem na minha casa, ou come esse sorte em alguma festa da minha família comenta. É o melhor e super diferenciado. Não tem igual. As marcas mais conhecidas de lá são a Cairu e o Ice Bode (O Ice bode é do ex marido da dona da Cairu! Portanto, é igualzinho! Hoje eles são concorrentes). Mas já comi até na sorveteria do aeroporto de Belém e era mara! Acho que o segredo é fazer lá!

Sobre o açaí, acho que não preciso dizer que o de lá também é O legítimo né? Bem mais grosso e tal! E o povo come sem guaraná, que é o que torna o açaí do Sudeste muito calórico! Dizem que 100g do açaí sem guaraná tem no máaaximo 100 Kcal, ou seja, a mesma quantidade de calorias de uma fruta normal. Mas o gosto é bem terroso e diferente pra quem nunca provou! O povo come lá com bastante açúcar ou adoçante, ou em forma de sorvete! Exceto a minha vó e esse povo “roots”que conseguem comer a fruta totalmente pura mesmo! Mas é que nem comida japonesa, gente. Tudo questão de costume!

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Essaa cerveja regional também é legal de experimentar, mas já vi vendendo em vários lugares aqui pela região sudeste. Algumas são misturadas com sabores de frutas da Amazônia! Achei todas sensacionais!

Bom, as próximas fotos eu peguei da internet, só pra tornar o post mais completo. E não peguei os créditos. (ops). dos seguintes pratos típicos. Se o dono das fotos ler isso, me avisa que eu dou os créditos!!

Dessa vez não comi nenhum dos 3 próximos pratos típicos, mas já os comi muito na vida!!!

1Pato no Tucupi – É nada mais nada menos que pato com aquele molho amarelo de tucupi que eu expliquei acima e o famoso jambu! Delícia Master.

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2Maniçoba!!! (Escrevo com muitas exclamações porque eu piro nesse prato!). É uma espécie de feijoada (com todas as carnes e acompanhamentos de uma feijoada tradicional) só que ao invés do feijão, é feita com a Maniva e o seu caldo! Ela tem esse aspecto meio verde musgo, e alguns visitantes têm preconceito com a aparência dela! Mas vai por mim, gente, o sabor dessa erva é surreal! A Maniva nada mais é do que a folha da mandioca! (não disse que tudo vinha da mandioca?). Ela é venonosa se comida crua e precisa de 4 a 7 dias de cozimento pra deixar de ser tóxica! Dá uma trabalheira, mas é um prato muito comum e muito servido nas casas dos belenenses! Se tiverem oportunidade experimentem e me digam o que acharam!

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3 – Tacacá – esse é o que eu menos gosto. Mas o povo ama! É jambu (muito jambu! Esse arde e tremelica bastante a boca!), tucupi, camarão seco e goma de tapioca! Tem gente que pede sem a goma pra ficar mais light! É costume comer no fim da tarde, na hora da chuva, debaixo das barraquinhas, na saída dos colégios. É uma cena muito poética e linda, gente! Acho Belém uma cidade cheia de magia e encantos. Tentem não passar por essa vida sem conhecer a cidade! Vale a pena!

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E escrevo pra vcs deliciando o meu açaí com água filtrada tipicamente paraense com farinha de tapioca que a gente traz aos litros de lá!

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Espero que tenham gostado! Foi bem cultural esse post né, gente?! Ufa!

Abraços e beijos calorosos em vocês. Que nem os dos paraenses.

SANTA MORDOMIA EM PORTUGAL!

Destacado

Mordomos, foi um mês em Portuga, então pra esse post não ficar gigante demais, serei o mais objetiva possível! Se vc clica no nome do restaurante, abre-se uma janela para o site do restaurante, ok? E alguns poucos deles te levam ao site do TripAdvisor!

Vamos começar por Lisboa e depois passamos pras outras cidades!

LISBOA, PORTUGAL (mais ou menos na minha ordem de preferência)

1 – Can the Can 

Restaurante super descolado especializado em enlatados gourmet! Muito diferente! Decoração bela e música ao vivo nas sextas! Fica na praça do comércio. Aliás, vale uma andada pelo entorno da praça do comércio, pois há uma série de restaurantezinhos cozy, bonitinhos e convidativos!

No Can The Can comemos esse atum “em forma de presunto de parma” de entrada (primeira foto), tem um nome específico, que agora não me lembro e me esqueci de anotar (Sorry, gente! Não sei o que me deu dessa vez! 😦 ). Mas segundo o dono do restaurante essa técnica de ressecamento, que também é um modo de conservação de alimentos, só tem em Lisboa e no Sul de Portugal.

Acabei deixando uma foto tosca e cortada pela metade da parte de massas do cardápio, pra vocês “sentirem”o que é servido!

Colagem Can The Can

Dentro desse estilo descolado, preferi o Can The Can ao emblemático Pavilhão Chinês, que acho que não está mais no seu momento auge.

2 – Solar dos Presuntos

É o português típico que eu mais recomendo! Comida Divina!!! Todos os pratos que pedimos derretiam na boca! E com temperos mto bem combinados!

Colagem Solar dos Presuntos

3 – Hotel Myriad

A varanda do restaurante do Hotel Myriad, em frente ao Tejo, é inesquecível. Te desejo um dia de céu azul. Nada melhor do que aproveitar pra tomar um drink ou uma cerveja e comer algo maravilhoso, nessas condições, às margens do Rio. O hotel é lindamente decorado, com puffs e sofás vermelhos na varanda, imitando um lounge, onde eu pedi esse green apple martini e comi um espaghetti al nero di sepia (que eu amo demais! Meu prato preferido da vida!) com vieiras! O hambúrguer e os risotos deles também são diferenciados! E a sobremesa de creme bruleé com sorvete de pistache fechou nossa tarde com chave de ouro!! Arrisco dizer que foi o melhor programa em Lisboa, apesar de o atendimento não ter sido dos melhores. Acho que pegamos um garçom nervoso e inexperiente, mas super dei um desconto pra ele!

Colagem Hotel Myriad

4 – Mercado da Ribeira

Os melhores chefs e os melhores restaurantes, como o Sea Me, estão por lá, dando o melhor de si! É um lugar estiloso, sem mto conforto, onde as pessoas comem pratos baratos, como esse meu de 9 euros e vinhos, como esse nosso branco de 11 euros, que no Brasil custa a “bagatela” de R$ 120 reais! (Alô #santamordomiapocket! ). Detalhe: o meu prato de 9 euros era do Chef Henrique Sá Pessoa (decorem esse nome!). Era um bacalhau fresco com purê de grão de bico e tomate seco, que foi inesquecível!!! Sabores alinhavando-se perfeitamente, temperos e texturas surpreendentemente irretocáveis. Tudo lá é assim. NÃO DEIXEM DE IR!!

Colagem Mercado da Ribeira

5 – 100 maneiras

Contemporâneo e descolado, considerado um dos 3 melhores de Lisboa pelos melhores guias. Eles têm o bistrô e o restaurante! O acesso ao restaurante é ruim. Há que se passar por vielas do bairro alto a pé, onde não passam carros. A música que toca ao fundo do restaurante de 30 lugares é um lounge super moderno e agradável e o atendimento descontraído é ótimo! Eles têm 2 turnos de clientes. Um às 20hs e outro às 22hs. O horário é obedecido rigorosamente. O menu degustação do restaurante é 55 euros! Achei uma experiência mais interessante e inusitada que o tradicional menu degustação do Eleven de Lisboa, com 1 estrela michelin, do chef alemão Joachim Koerper, além de mais em conta!

No restaurante do 100 maneiras, eles trocam o menu  degustação de 3 em 3 meses e não há cardápio. Do menu que eu tive o privilégio de experimentar, destaque para as entradas (fotos grandes) – consigo sentir o gosto só de lembrar (!) – e pra criatividade. Eles serviram uma espécie de “biscoito” de bacalhau numa representação plástica de um mini varal português, fazendo alusão à cultura portuguesa de se estender as roupas do lado de fora das casas, em varais (última foto); e suquinhos limpadores de paladar – se eu não me engano – em formato de tubo de ensaio! Não é um mimo?

Colagem 100 Maneiras

6 – A travessa

No verão há lugares na Varanda também. A comida é internacional, mas servida ao estilo Português. O Lugar é romântico e aconchegante. E eles têm um serviço de van, que te pega lá embaixo, para evitar a subida a pé pelas íngremes pedras portuguesas e paralelepípedos. A foto está escura, mas esse cara da foto da van é o meu pai fazendo uma graça! Rs.

Colagem A Travessa Lisboa

Dentro desse estilo de comida internacional, também recomendo o famoso Bica do Sapato, Do ator John Malcovich. O restaurante já promoveu jantares para participantes do festival de cinema de Cascais e é maravilhoso. O ambiente é requintado e inovador. Só fui lá de manhã para o brunch, mas todos dizem que à noite é muito mais legal e a comida do jantar maravilhosa!

7 – Docas de Santo Amaro

Lembra muito o Porto Madero, cheio de restaurantes ao longo. Em janeiro, agora quando fomos, estava meio vazio, estranho. Mas dizem que no verão é cheio. De qualquer modo, tivemos um almoço super agradável.

Almoçamos nesse restaurante de carnes, Las Brasitas, que foi ótimo! Mas acho que vale explorar o local!

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8 – Forninho Saloio

Esse é pra quem não liga pra ambiente, mas não dispensa uma excelente comida. Na nossa última viagem à Lisboa, uma vendedora da Prada nos indicou um lugar para almoçar ali na Av. Liberdade mesmo. Ela advertiu que era um lugar simples, mas muito bom! Devo dizer que o lugar era mesmo esquisito, pequeno, mas naquele estilo português com azulejos decorados nas paredes e peixes frescos à mostra. O nome era #FORNINHOSALOIO. Ocorre que, a comida foi tão inesquecivelmente boa, que nunca esquecemos o lugar e voltamos lá desta vez. Parecia maior o ambiente, comida deliciosa como sempre e destaque para a sobremesa, que repetimos, de tão surreal que era: doce de natas com leite condensado, farofa de bolacha maria e ovos com calda de açúcar, numa cremosidade e sabor sem iguais! Total #santamordomiapocket 

Colagem Forninho Saloio

ÉVORA, PORTUGAL

1 – Fialho

Pequeno, aconchegante e comida ma-ra-vi-lho-sa!! É especializado em caças (a região é toda especializada em caças!) e é o mais antigo e famoso da cidade de Évora! As carnes de porco que pedimos derretiam na boca! E eu pedi um arroz de lebre com vinho que tbm tava uma coisa (só vou ficar devendo a foto! 😦 Realmente não sei o que está acontecendo! Rs)! Antes, a nossa ideia era ir no mais recente e recomendadíssimo de apenas 10 lugares chamado Tasquinha do Oliveira. Mas tava lotado!! Reservem se quiserem ir lá, pois deve ser maravilhoso também! 

Destaque para a queijadinha do Fialho!! (Melhor queijadinha da minha vida!!!). As sobremesas são maravilhosas tbm! Tinha uma torta de requeijão com doce de abóbora e sorvete de canela super inusitada e sem igual!!

Colagem Évora Fialho

2 – Convento do Espinheiro

Foi a melhor experiência que tive no país! Os quartos são lindos, confortáveis, aconchegantes. O SPA deles tem massagens ótimas e piscina aquecida. O restaurante consegue ser ainda melhor que o #FIALHO. Tivemos um jantar e um café da manhã de Rei, indescritíveis. A visita guiada, que ocorre todos os dias às 17hs, é um banho de cultura sobre a vida dos monges que habitaram o local dos séculos XV até o XIX. Eles produziam tudo o que consumiam e eram totalmente autosuficientes. Há oliveiras lindas até hoje lá, de onde eles extraem os próprios azeites. Às 19hs, há uma degustação de vinhos numa sala linda, toda de mármore, com luzes dentro!  Évora é o local escolhido por muitos para celebrar festas de casamento, e vale totalmente as despesas! Hospedar-se no Convento não é barato, mas INSISTO que tentem passar pelo menos uma noite, como nós fizemos! É uma experiência única!!!

Colagem Convento do Espinheiro

ALGARVE, PORTUGAL

Destino imperdível em #Portugal! Fiquei ENCANTADA! A cidade de Vila Moura tem uma marina linda, com vários restaurantes, um mais charmoso que o outro. Essa cervejaria da foto era um dos únicos lugares que não era especializado em comida oriental ( leia-se chinesa, indiana etc.). Os mais experientes dizem que os melhores restaurantes estão mesmo na região do Algarve. Eu fui no inverno, mas no verão deve ser um luxo ainda maior!

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1 – Zu Yi

Mordomos meus, achei que valia recomendar o restaurante chinês que conhecemos por acaso na Marina de Vila Moura, o Zu Yi! Porque foi uma das nossas melhores refeições em todo o país! O lugar era lindo e a comida inesquecível, com direito dim sum, pato de pequim e tudo que tem direito! Com vcs, as fotos derradeiras!

Colagem Zu Yi Algarve

Fico devendo um Post “DIETA EM PORTUGAL” para os programas extra gastronômicos, ok?

Muitos Beijos!!! Espero que quem está com viagem marcada aproveite esse post!

SANTA MORDOMIA EM LONDRES!

Destacado

Ei, Mordomos, dei uma sumida por aqui por causa das férias, mas estou sempre pensando em vocês!

Vamos estrear 2015?

Falando dela, a histórica, populosa, cosmopolita, badalada e com um poder de atração fatal incrível: Londres! Sempre fui fã de Paris, gente, mas acho que Londres é melhor, viu? A última vez em que estive lá foi pra fazer aqueles intercâmbios de 2 meses em Oxford, aos 16 anos, e passeei um pouquinho por Londres. Foi a melhor viagem da minha vida, mas acho que não tinha maturidade, nem experiência de vida o suficiente, para entender as cidades em si, pelo que são, como as entendo hoje.

Londres, apesar de fria, é uma cidade quente. Criativa. Iluminada. É cheia de acontecimentos; gente bonita, simpática e interessante; shows de primeira; musicais no melhor estilo Broadway; lojas incríveis e restaurantes tops!

Com esse post, não tenho a pretensão, nem de longe, de esgotar Londres (até porque seria impossível), tampouco dizer que as programações que eu fiz foram “AS MELHORES” da cidade! Mas partilhar com vocês a minha INCRÍVEL experiência de 1 semana e recomendar o que eu achei altamente recomendável! Get it?

Dito isso, creio que o bom Deus me agraciará com a oportunidade de voltar a essa cidade cheia de história pra contar e vida pra ser vivida mais vezes. Daí quem sabe faço um post mais pretensioso!?

Mas vambora nesta viagem inesquecível e comecemos com a minha ordem de preferências!

Observação: tudo que estiver nessa cor-de-terra-meio-vinho é um link clicável que te redireciona às páginas em questão? Ok?

1 – O número 1; top first; fenomenal, “show de bola” que um dia espero estar no post: “os melhores de Londres”, é o restaurante FIFTEEN do JAMIE OLIVER . Ele tem outros restaurantes também que estão listados aqui, nesta página dele, mas parece que o FIFTEEN é o seu queridinho. Fiquei com muita vontade de ir também no JAMIE’S ITALIAN, visto que amo massas (fica pruma próxima!), mas fiquei plenamente satisfeita de ter escolhido o FIFTEEN, como primeiro restaurante do Jamie a conhecer.

No FIFTEEN todo o lucro do restaurante é revertido para a instituição de caridade do Jamie (a The Jamie Oliver Food Foundation) cujo objetivo é inspirar e qualificar pessoas desempregadas ou com dificuldades financeiras a trabalhar e seguir carreira em um restaurante. O nome FIFTEEN refere-se, em inglês, ao número inicial de jovens que aderiram à proposta de aprendizado do restaurante e 80% seguem na carreira em vários lugares do mundo. O Fifteen foi criado em 2002 e hoje 25 Chefs profissionais trabalham no local para criar um menu diário com ingredientes frescos da estação. Muito amor por ele né? Virei mais fã do que nunca.

O ambiente é jovem e escurinho, a decoração é linda, descolada, charmosérrima! A parte de cima é um bar com mesas, mais descolado ainda. Também servem a mesma comida do restaurante no bar e não há necessidade de se fazer reserva para sentar lá (na foto abaixo, imagens da linha de cima). A parte debaixo é o restaurante propriamente dito e é imprescindível fazer a reserva (imagens da última linha).

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Achei os preços do FIFTEEN super em conta e até o alface que vem de acompanhamento nos pratos é sensacional! A entradinha-geral-compartilhável que pedimos era tão boa – uma batata num formato que eu não saberia descrever, mas era parecida com aquelas hóstias de camarão que se servem nos restaurantes chineses? Sabem? E acompanhava uma maionese de trufas (pensa: maionese (!) – amo! #foodpornlovers + trufa que é =melhor fungo inventado por Deus! IMPOSSÍVEL não ser delicioso). Não aguentamos e pedimos 2! hashtagexagero. É a primeira imagem da foto abaixo. O melhor cordeiro que eu já comi na vida, que era um entrada (sim, entrada, pasmem!) farta e custava 10 libras é a segunda foto da esquerda pra direita. E o prato principal que eu mais destacaria é esse pato que está no meio, com uma folha de alface por cima, que serve 2 pessoas! Mas provei todos, e não havia um sequer que não fosse de comer ajoelhado! SÉRIO! E olha que eu sempre desconfiei dos ingleses fazendo comida. Minhas lembranças do intercâmbio na casa de família que eu fiquei eram as piores em termos gastronômicos. Aquela coisa básica da família tradicional inglesa: batata + ervilha sem sal. Todo santo dia. Muita paciência. Pois é, meus caros, mas quando os ingleses se metem a ser bons no que fazem, ah, eles são, e superam todos.

Eis as fotos de tudo o que pedimos:

pratos do jamie oliver

Em sentido horário: 1 – batata em forma de hóstia de camarão; 2 – cordeiro de entrada; 3 – cordeiro de prato principal; 4 – pato que serve 2 pessoas; 5 – massa de ricota com espinafre; 6 – carne; 6 – sobremesas.

NÃO DEIXEM DE IR!!! Vale muito mais a pena que o Gordon Ramsey!!! O FIFTEEN do Jamie Oliver, na minha opinião é 10!!! E o SAVOY GRILL do Gordon, de que falei no instagram, é 7!! Pelo ambiente, pela comida, por tudo!! Sugiro pra quem quiser conhecer o bife Wellington do Gordon, que prefira ir no do Hotel Paris, em Las Vegas, o GORDON RAMSEY STEAK, a menos que estejam em Londres e enlouquecidamente ansiosos. Risos.

2 – O italiano em Londres: ZAFFERANO. Chegamos cansados do aeroporto, morrendo de fome, no feriado do dia 1o de janeiro, com tudo fechado, e pedimos uma indicação no hotel de um restaurante por perto, descolado, gostoso, que pudéssemos estrear Londres, considerando o nosso estado de “destomados banhos”e “cansados”. Tarefa difícil pro concierge do Hotel Burkeley, onde ficamos hospedados. Ele mesmo disse que era complicado, porque se tratava de um feriado. Mas depois veio com esse nome e me disse ao pé do ouvido: “é o meu restaurante preferido.” E como disse no instagram e na página do facebook, são desses acontecimentos que são feitos os melhores restaurantes.

Nossa, que surpresa agradável: Massa espetacular. Casa de italianos mesmo. Pedi uma das opções do menu de almoço – um tagliatelle massa fresca com ragú de carne que fiquei 3 dias com gostinho de quero-mais (é a terceira imagem, em sentido horário, da foto seguinte). Eu geralmente não curto tanto massa fresca, prefiro a grano duro, porque gosto de massa bem al dente! E a massa fresca deles estava perfeita. Al dente como nunca vi uma massa fresca!! Com tempero aconchegante, cozy e inspirador! Nem sei descrever! Tudo estava uma delícia, desde a entrada e salada até as sobremesas. O vinho que pedimos, Rosso de Montalcino, de 2012, também estava divino e combinou perfeitamente. Sabe quando tudo encaixa e flui de  forma perfeita e surpreendente?

O restaurante, todo em parede de tijolinhos (amo!), tem 2 ambientes. Na verdade 3. A varanda, um ambiente mais classudo do lado de dentro e um todo de madeira, mais rústico, porém ser perder a classe, ao fundo. Fiquei com muita vontade de comer lá, mas meus acompanhantes preferiram o classudão.

Seguem as fotos do Zafferano:

colagem do zafferano de londres

A penúltima foto, sempre em sentido horário, é de um panetone que ganhamos. Era enorme. Eu ganhei um e minha irmã ganhou outro na saída. Não é cativante a cortesia inglesa?

Falei muito bem no instagram de um outro italiano, o SALE E PEPE, mas passada a euforia e fazendo um balanço geral, eu recomendo mesmo o Zafferano. O Sale e pepe, apesar de escurinho e aconchegante, é inferior ao zafferano em termos de comida, e é realmente desconfortavelmente barulhento. Sabe quando o restaurante está com crianças chorando, essas coisas? Hehe. De repente dei azar. Mas é um restaurante badalado e simples ao mesmo tempo. Descontraído e ótimo pra ver pessoas. Fica como uma segunda opção de italiano. Mas assino embaixo mesmo é do Zafferano.

Capiche?

Em relação aos preços, esses 2 ficariam naquela categoria “$$”. Nem muito caros, nem muito baratos. Mas Londres é cara por si só, e a libra está, atualmente, 4 vezes o real, então não sei se dá pra dizer que algo não é caro por lá. A gente até tenta, mas, enfim, é realidade do momento.

3 – O WINTERWONDERLAND!!! Pra quem for no inverno!

É uma feira com inspiração nas feiras de natal alemãs, cheias de luzinhas, que servem Glüh Vine – aquele vinho quente com especiarias – e onde as pessoas se reúnem para vender e lucrar no final do ano com os artesanatos que preparam ao longo dele!  É uma feira em alto estilo, com parque de diversões – Dos Bons!, produtos de qualidade e inusitados, comidinhas alemãs e o tradicional fish and chips! <3. OBRIGATÓRIO IR! Imperdível e total #santamordomiapocket = aquela santa mordomia que cabe no seu bolso! Rs.

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4 – O indiano mais famoso de Londres – o AMAYA.

Essa dica foi de uma amiga super descolada dos meus pais que mora em Londres há anos e conhece tudo! Londres é famoso pelos bons restaurantes indianos e esse parece ser o mais top. Estava louca pra ir em um. O ambiente é bom e a comida também, apesar do excesso de pimenta da comida indiana, que a maioria dos brasileiros não está acostumada. Sempre acho que o excesso de pimenta mata o sabor, ao invés de realçar, concordam? Mas talvez seja uma questão cultural e de costume mesmo. Enfim, apesar de quase sempre associarmos comida indiana à vegetariana, algumas castas na índia e os trabalhadores braçais comem todo tipo de carne, exceto a consagrada vaca. Comemos bastante proteína animal nesse restaurante, mas havia uma parte vegetariana do cardápio, que fiquei com muita vontade de provar (meus professores de Yôga ficariam orgulhosos. Hehe. Mas não foi dessa vez.) Bom, de qualquer jeito, fica aqui a dica do AMAYA pra quem quiser conhecer um indiano de qualidade mais High-Profile em Londres.

Amaya Londres

1 – drink de grosélia que eu pedi; 2 – salada de noodles maravilhosa – pra mim, foi o melhor da noite; 2 – camarões apimentadíssimos; 3 – frango; 4 – ambiente; 5 – algo com fois gras, que obviamente estava bem bom, visto que nada com fois gras é ruim. Rs

Observação dentro do Item 4: Essa amiga dos meus pais também indica um chinês chamado Hakkasan Hanway Place. Eu nunca fui, mas meus pais foram com ela numa outra viagem e simplesmente AMARAM! Minha mãe disse que parece que você está dentro de uma boate e a comida é inesquecível. Achei que mesmo nunca tendo indo, valia compartilhar a dica aqui também, né?

5 – O ZUMA tem em Miami e em vários lugares do mundo, mas vale a pena ir nele se você estiver procurando por um bom japonês por aí em alguma viagem around the world. Bom, as fotos falam por si sós. Mas experimentem também o sushi vegetariano deles! É surpreendentemente sensacional! E o destaque vai para a sobremesa, que é um show à parte. ; )

zuma de londres

A primeira foto é de um drink de lichia com pétala de rosa que eu pedi. <3. O vegetariano é a segunda imagem e a sobremesa a última. não dá pra não pedi-la.

Espero que tenham gostado, gente! Comentem, acrescentem, tirem dúvidas, vamos nos falando!

Beijocas!

PS.: Passei os “adendos aos mordomos de dieta” para a nova categoria, que agora está no nosso MENU (eba!), SANTA MORDOMIA DE DIETA! Deem uma conferida! 😉

O PAN-ASIÁTICO MEE. DOS CARIOCAS.

Destacado

Site: http://www.belmond.com/pt-br/copacabana-palace-rio-de-janeiro/rio_restaurants

Endereço: Avenida Atlântica, 1702 – Hotel Copacabana Palace, Copacabana, RJ.

Telefone:  (21) 2548-7070

19h/0h (sex. e sáb. até 1h)

Faixa de Preço: acima de R$ 100,00

Cartões de crédito: American Express; Diners; Mastercard; Visa

Cartões de débito: Maestro; Rede Shop; Visa Electron

Acesso para deficientes físicos, Vinho em taça, Internet sem fio

O restaurante ocupa o espaço do antigo Bar do Copa, que era uma boate, no lugar mais lindo do Rio de Janeiro, na minha opinião, que é o Hotel Copacabana Palace, onde acontecem os casamentos e festas mais lindas e conta com outros restaurantes tops também, que são o Cipriani e o Pérgola. Todos, inclusive o MEE, ficam ao redor da gigantesca psicina, um dos símbolos do Hotel.

Bom, conversa vai e vem, falamos muito. Vamos ao MEE, que hoje é dia dele!

Foi eleito pela VEJA RIO como o melhor asiático, ficando na frente até do MR. LAM! (Ai que saudade, do Mr. Lam, tbm! Preciso voltar lá. Amo e não saberia dizer qual acho melhor, não). O Mee talvez seja mais variado, com opções que vão do Japão à China. Já o Mr. Lam fica estacionado na categoria asiático-chinês-puro.

Bom, vamos ao ambiente do MEE:

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Essas são as que eu consegui tirar com a câmera do meu humilde iphone 5s. Até tentei dar uma editadinha, mas dessa vez assumo que o site do copa tem fotos mais atrativas do ambiente. Pra vê-las é só clicar aqui ó: eu. 

Mas já adianto que o local me ganhou pelas cadeiras confortáveis e pela mantinha cheirosa na cor nude que eles dão pros sofredores de frio como eu! (Ouviu, seu Nagayama? Sei que a maioria ama o japonês Naga do Rio, que fica no Shopping Village Mall, na Barra, mas tenho trauma de lá, pois passo muito frio sempre, o que potencializa a minha irritação com cadeiras duras. Frio no duro não dá né, gente? Fiquei brava agora.)

O antendimento do MEE é excelente!

Eu só daria uma boa escurecidinha no ambiente pra ganhar nota 10! Ele é relativamente claro. Mas sentamos num cantinho tão cozy que isso nem me incomodou como poderia. 

De qualquer modo, o destaque do restaurante vai mesmo para a comida.

Vamos ao pratos. Pedimos um estilo menu degustação, com as excelentes escolhas do garçom que nos atendeu. (Estou arrasada que não anotei o nome dele pra dar-lhe as devidas honras, pois ele foi impecável.)

Agora peço paciência e atenção, meu caros, pois pedimos “mointa” coisa:

(A cortesia de entrada é o clássico edamame, a tal da soja verde, que está bem na moda de uns anos pra cá)

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1 – O primeiro dos pedidos “valendo!” foi o Kobe Beef Tatak – diferente, molinho ótimo.

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2 – Salmão Crispie (Demais! Está na minha categoria de preferidos)

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3 – Carpaccio de polvo (bem “normal”)

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4 – O Trio:

a) Sushi de salmão com Trufa e Flor de Sal (Espetacular!)

b) Sushi de vieira com Trufa e Flor de Sal (Igualmente espetacular!)

c) Sushi de atum com fois gras e Flor de Sal (aproveite a mastigada, porque vc tem vontade de chorar quando acaba.)

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5 – Outro trio:

a) sushi de enguia (foi a melhor enguia que eu já provei, mas enguia é aquela coisa – não conheço ninguém que morra de amores por ela. Tadinha.)

b) Sushi de atum com ovo de codorna, ova de salmão e trufa. (todos nós achamos que faltava uma florzinha de sal pra dar aquele salgadinho. Demos até essa sugestão pro Chef! Tomara que tenham acatado, pq esse sushi tem batante potencial, olha que lindo ele?)

c) Sushi de torô (amo toro! Principalmente o Sashimi de torô, que é um atum super especial. Quando é bem feito parece uma manteiga. Sempre que vou a esses restaurantes japoneses mais especiais, pergunto pelo torô)IMG_7347

6 – Sushi de ouriço (apesar de ter sido o melhor ouriço que já provei, ele está na mesma categoria da enguia – ou seja – categoria dos pouco amados. Bem dispensável.)

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7 – Guioza (Guioza é sempre bom, né. Mas já comi melhores na Liberdade, em SP)

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8 – O rolinho primavera de lá vale a pena ser pedido, pois eles vêm para serem enrolados nessas folhas, que incluem até hortelã. Amei! Um dos meus pratos preferidos da noite.IMG_7346

9 – massa oriental com amendoim e camarões (obviamente maravilhosa!)

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10 – Já quase rolando, ainda pedimos essa sobremesa com  sorvete, trufas brancas e manga! Divina! Nunca tinha experimentado trufas brancas na sobremesa e o resultado é fantástico.

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Nossa, com isso tudo ainda me esqueci de falar dos drinks!

Fomos de Kir Royal (meu drink preferido em todo o universo):

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E esses 2 maravilhosos que foram sugestões do Chef ; )

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Dessa vez eu não tirei foto da conta, mordomos queridos, perdão. Mas sei que ela deu assustadoramente cara. Éramos 4 pessoas, mas poderíamos ter comido bem menos. Na hora da massa já não aguentávamos mais nada! E olha que minha família é boa ótima de garfo! Com o post de hoje espero que vocês consigam selecionar melhor que nós quando forem, pra fazerem escolhas mais inteligentes, gastando menos.

Maaaaasss (hahããa!) descolei uma fotinho do cardápio pra vcs terem um ideia dos valores. (Jamais decepcionaria vocês. Risos)

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Os preços são salgados mesmo, é aquele restaurante $$$$$ que deve ser visitado em ocasião (ões) especial (ais).

Para ver o cardápio inteiro é só clicar aqui ó: oi

Mas achei o Mee melhor que o Naga do Rio, de uma forma geral, que isso fique claro!

Beijos, queridos.

O ARTURITO (DA PAOLA CAROSELLA!) MERECE POST ESPECIAL

Destacado

Rua Artur de Azevedo, 542, entre as ruas Cristiano Viana e João Moura, Pinheiros, São Paulo, Brasil

reservas pelo telefone [11] 3063 4951 ou por aqui

Almoço – de 3ª a 6ª das 12h às 15h, sábados e domingos das 12h30 às 16h

Jantar – de 2ª à 5ª, das 19h às 23h306ª à sábado das 19h às 23:30h

Cartões de crédito: American Express; Diners; MastercardVisa

Cartões de débito: Maestro; Rede Shop; Visa Electron

Site: http://www.arturito.com.br/

Preço por pessoa: R$ 75,00 a R$ 175,00.

Já quando saltei do táxi me encantei com o lugar. Um reduto contemporâneo cheio de paisagem verde sobre as paredes de concreto. Nada mais moderno, minimalista, simples e com estilo. Bem o que eu esperava da Paola, pelo pouco que a gente fica conhecendo dela no reality da Band, e o pouco que pude entender dela nas redes sociais que comecei a seguir.

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Minha amiga Rebeca Cerqueira posando pra nós.

Da porta pra dentro o lugar mantém seu charme. Pé direito alto. Um lindo bar bem na entrada já desperta o olhar para a colorida mágica dos detalhes. Em frente, na área de espera, cadeiras “gostosamente confortáveis” (perdoem-me a redundância, nem sentei ali, mas elas me chamaram pra sentar, em secreto), com estofado em cor camelo – totalmente em alta.

Continuando a passada de olhos, o ambiente progride num salão retangular, com bancos dos dois lados maiores, distribuindo mesas do lado direito e do lado esquerdo, de modo que todas ganham seus lugares com “sofazinho” para os que são fãs (euuu!). Lado esquerdo com almofadas floridas. Lado direito com as almofadas camelo da entrada junto à parede cheia de plantas. Sentamos no direito. Muito mais atrativo. Claro.

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Ah! A música. Que bom gosto. Chegamos assim que abriu o restaurante, então antes de o barulho dos demais clientes poluir o som do restaurante, pudemos apreciar uma música lounge, com uma bossa doce, muitíssimo agradável.

Bom, vamos à comida, pra felicidade geral da nação!

Nós todos pedimos soft drinks – aqueles drinks sem álcool – havia 2 opções: um era um espécie de suco verde (chá verde frozen) e o outro um amarelinho com gengibre (cordial de gengibre). Provei os 2. Apesar de o verde levar mel em sua receita, o amarelinho, com gengibre, era bem mais doce, e muito melhor.

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Morrendo de fome todos, o couvert, que eu costumo dispensar pra não virar uma bola, foi pedido. E sem arrependimentos. É aquele couvert que faz valer a pena cada caloria. Pão quentinho, manteiga no ponto certo. Excelente. Faz uma caminha no seu estômago e descansa.

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De entrada, agora mais pelo @santamordomia, pedimos um magret de pato com prosciutto e brioches. Os brioches estavam divinos! A carne fininha vinha com aquela camada de gordura, propositalmente. Tenho um certo nojinho dessa gordura visível das carnes, mas em se tratando do restaurante da Paola Carosella, me senti na obrigação de prová-la, conforme foi apresentada. Tava uma delícia. Bem delicada.

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A parte de pratos principais do cardápio é bem contida. Eu fui perguntando logo o que era mais famoso, o que mais saía, pois eu precisava provar. E recebi a gentil explicação, bem ao estilo-paola-carosella, de que o cardápio é elaborado com poucas opções justamente porque tudo o que eles têm é excelente. Nesse caso, deve-se pedir o que está com fome de comer no dia. “Se está com vontade de massa, peça a massa. Se está com vontade de carne, peça a carne.”

Eu geralmente estou com vontade de comer massa, mas estava com um queridíssimo casal de amigos – a Rebeca, minha melhor amiga de infância, que já apareceu aqui no Blog, e o marido dela, o Gustavo – e eles escolheram as 2 massas mais atrativas do cardápio: um nhoque de ricota de búfala e um tagliatelle com cavolo nero, uma verdura/erva que nunca tínhamos ouvido falar e ficamos curiosos. Muitos itens no cardápio levavam isso. Eu poderia ter pedido o capelini com camarões – que inclusive vi chegar depois para a mesa ao lado e estava suculento! – mas o metri/gerente falou de uma forma tão especial da paleta de cordeiro, que eu fui nela! – uma boa oportunidade pra comer só proteína! (E acho que foi uma boa escolha, pois no MasterChef desta terça-feira fiquei sabendo que a Paola é especialista em carnes, estuda os seus pontos perfeitos há muitos anos e inclusive deu uma aula sobre o assunto para os participantes). A minha cunhada Carla, linda, também estava em São Paulo para fazer uns exames do meu sobrinho fofo que ela aguarda no ventre e se juntou a nós. Ela pediu o peixe fresco do dia. Por unanimidade, o nhoque foi o vencedor.

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O nhoque também vinha com o tal do “cavolo nero”! A massa foi a melhor de nhoque que já provei na vida. Não leva batatas.

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O tagliatelle. Provei da Rebeca e amei.

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O meu cordeiro.

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O peixe fresco do dia, que vinha com aquele molhinho tradicional de acompanhar peixes – lembrando aquele molho do mc fish – ou de um tradicional inglês fish and chips. Minha cunhada elogiou.

Hoje, reunindo informações para escrever esse post, achei algo no site do ARTURITO, na parte do cardápio, que traduz exatamente o que achei da comida,no dia que fui:

“fazemos uma cozinha simples com foco no ingrediente e respeito a natureza orgânica dos produtos”

É exatamente isso. O sabor é simples, com foco no ingrediente principal. Nada elaborado. Mas muito bem feito. O meu cordeiro estava realmente suculento, mas singelo, com nada de condimento, um molhinho de mostarda do lado, algumas alcaparras, uns verdinhos e mais nada. Bom. Eu, que prezo muito pela criatividade e combinação de sabores, tive que me esforçar pra entender o conceito e a beleza das proteínas servidas de uma forma tão nua – se é que vocês me entendem.

Pediria outros itens do cardápio uma próxima vez.

As sobremesas! Ahhhh, as sobremesas! Essas sim. Foi uma orgia. Um espetáculo! Uma melhor que a outra. Pedimos muito bem. E foi:

1 – pot de crème de intenso chocolate amargo, biscoitos de noz pecã e sal marinho (Chocolate pot de creme, sea salt & pecans biscuits) – minha amiga Rebeca chocólatra-desde-sempre foi nas nuvens! Pra mim, estava um pouco amargo demais – mas não sou chocólatra e sei que quem gosta de chocolate mesmo, curte um amarguinho.

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2 – * triffle de doce de leite, sorvete de baunilha, praliné de noz pecã, café & whisky… (Dulce de leche, coffee & whisky triffle) – divino! Com bastante gosto de whisky, mas a combinação era perfeita.

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3 – Degustação de 3 sabores de sorvete: fava de baunilha da bahia vanilla bean * doce de leite artesanal homemade dulce de leche *chocolate, bitter chocolate * e doce de leite artesanal para acompanhar – Destaque para o sorvete artesanal de doce de leite feito na casa! Maravilhoso! Todos da mesa amaram! Mas é um exagero pedi-lo acompanhado do doce de leite artesanal, pois o sorvete já é praticamente um doce de leite in natura com textura de sorvete. Eu amei o de fava de baunilha também. O de chocolate era naquele estilo amargo da primeira sobremesa – quem ama chocolate vai ao delírio.

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Pra terminar um chá de hortelã, bom pra digestão. ; )

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E a nossa continha esperta. Vale dizer que ficamos muitíssimos satisfeitos com os preços pagos. O valor é super justo e a conta só atingiu esse preço – que nem foi tão alto – porque pedimos muita coisa. Todos chegamos à conclusão de que poderia ter sido ainda mais barato.

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